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2 de abril de 2014

INCRA foge do Prefeito São João do Caru que cobra providencias sobre desabrigados da Terra Awa Guaja.

Superintendente do Incra foge das autoridades locais
que buscam respostas e ação sobre o caso.
(foto - Zezinho e Dr. Jadson Prefeito da Cidade).
A deputada estadual do Maranhão Vianey Bringel (PMDB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na última quinta-feira (27) para reclamar da atitude do superintendente do Incra do estado.

“Estou tentando falar com o superintendente do Incra, José Inácio, há mais de uma semana e não consigo”, reclama a deputada. José Inácio não recebe também o prefeito de São João do Carú, Dr Jadson Rodrigues.

Vianey Bringel e Dr Jadson Rodrigues andam atrás do Superintendente do Incra porque o Governo está fazendo uma grande operação de limpeza étnica em uma área demarcada pela Funai no oeste do Maranhão. A área estava ocupada por milhares de pessoas cuja etnia não as qualifica a permanecer no local. Essas pessoas estão sendo expulsas e suas casas e pertences demolidos ou confiscados pela Funai. As famílias que não têm um parente que possa abrigá-las nas proximidades estão acampando em São João do Caru, que não tem qualquer estrutura para receber os refugiados.

José Inácio Rodrigues o superintendente, por seu lado, está fugindo da deputado e do prefeito porque não tem como ajudá-los. O Incra está sendo cobrado pelas autoridades locais para reassentar pelo menos as famílias que têm perfil de reforma agrária entre as mais de 400 que estão sendo expulsas. Ocorre que José Inácio não tem a menor condição de atender a demanda.
o expurgo no Maranhão. Casas sao derrubadas e moradores
nao tem para onde ir.
A operação de expurgo étnico da área demarcada pela Funai no Maranhão foi planejada pela Secretaria Geral da Presidência da República a pedido da Funai. Todos sabem que a Secretaria Geral, comandada por Gilberto Carvalho, é onde se aninham e por onde influem os indigenistas radicais no governo, entre eles Paulo Maldos, que ocupa a Secretaria de (des)Articulação Social da Presidência. Ao planejar a operação Maldos, maldosamente, não planejou o reassentamento das famílias. Afinal, quem se importa com os malditos invasores de terra indígena, não é mesmo?

Gilberto Carvalho e Paulo Maldos não tinham a intensão de reassentar ninguém. Por isso não incluíram o reassentamento no plano de desintrusão. Como o plano do expurgo não previu o reassentamento, o superintendente do Incra não tem como atender a demanda da deputada e do prefeito. Resta-lhe se esconder como um rato.



Não foi por falta de aviso. Desde agosto do ano passado, nós do #Qi estamos dizendo que isso aconteceria. Depois dos alertas do Questão Indígena, o Deputado Weverton Rocha protocolou no Ministério da Justiça um ofício solicitando acesso ao plano de desintrusão. O deputado queria a prova de que Carvalho e Maldos não haviam planejado o reassentamento das famílias pobres. A Senadora Katia Abreu, que preside a CNA, protocolou dois ofícios solicitando a mesma coisa, um no Ministério da Justiça e outro da própria Secretaria Geral da Presidência. Ninguém obteve resposta.

Gilberto Carvalho, Paulo Maldos, José Eduardo Cardozo e a Funai pretendiam jogar mais de mil pessoas sem etnia no olho da rua sem que ninguém visse nada nem reclamasse de nada. Tanto assim, que no início da operação, quando um agricultora tentou atear fogo ao próprio corpo quando dos tratores da Funai chegaram para demolir sua tapera, Nilton Tubino, o enviado de Paulo Maldos ao Maranhão para coordenar pessoalmente o expurgo, vetou o acesso da imprensa à operação. Sabe Deus as violências que Tubino autorizou contra os malditos "invasores de terra indígena".

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