CNA e Faema participaram de audiência pública que discutiu a recondução de trabalhadores ruais de suas áreas de trabalho
A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão, (Faema), participou em São João do Carú - município situado na região oeste do Maranhão -, de audiência pública que tratou da desintrusão (instrumento jurídico para garantir a efetivação plena dos direitos territoriais indígenas, por meio da retirada de eventuais ocupantes), da terra supostamente indígena Awá-Guajá em defesa dos produtores rurais.
Acompanharam a reunião, o assessor jurídico da Faema, Emerson Galvão e a assessora jurídica para assuntos indígenas da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, (CNA), Alda Carvalho. Ambas as instituições vêm apoiando a ação empreendida pela Aprocarú, (Associação dos Produtores de São João do Carú), que tem a intenção de buscar solução para a recondução dos produtores rurais retirados das suas áreas de trabalho, em julho do ano passado, onde se incluem os povoados Vitória da Conquista, (485 famílias), Cabeça Fria, (250 famílias) e Caju, (420 famílias). Os povoados e propriedades que possuíam benfeitorias foram destruídos.
Aprocarú - A reunião foi acompanhada por aproximadamente 1.200 pessoas, grande parte delas envolvidas no caso Awá-Guajá. O presidente da Aprocarú, Arnaldo Lacerda, discorreu sobre a situação atual em que se encontram os pequenos produtores. Falou do processo que culminou com a retirada das famílias e destacou a importância da recondução de todos os atingidos diretamente pela desintrusão em áreas pertencentes aos municípios de São João do Carú, Zé Doca, Centro Novo e Newton Belo.
“Houve omissão dos governantes. A situação é triste. Estamos passando fome. Acabaram com os nossos sonhos e até agora nenhuma solução governamental, de fato, ocorreu”, disse Arnaldo Lacerda. Na oportunidade, ele agradeceu o apoio da Faema, CNA e demais instituições ligadas ao movimento.
Por sua vez, o assessor jurídico da Faema, Emerson Galvão assegurou o apoio lembrando que esta instituição não poderia virar as costas para uma ação que inclui centenas de famílias de produtoras rurais.
“Não seria justo virar as costas para a causa de vocês. A Federação está à disposição para o que precisarem”, disse ele, endossado pela assessora do CNA, Alda Carvalho.
Sensibilidade - “É difícil compreender como vocês ainda não foram assentados”, disse ela, afirmando que a mesma lei que garante a área para os índios é a mesma que garante espaço aos pequenos produtores rurais. Na oportunidade, a advogada disse apoiar as famílias envolvidas no caso. “Continue firmes. O Incra tem que destinar um lugar para vocês. Contem conosco”, disse.
Finalizando a reunião, o deputado estadual Fernando Furtado, (PC do B), que representou o governador Flávio Dino no evento, afirmou estar ao lado produtores rurais. “Nós não podemos nos acovardar, vamos à luta para garantir a volta das terras de vocês”, disse ele.
Do imirante.com
1 comentários:
Atenção! até hoje o povo de São João do Caru vem sendo enganado com tudo isso,o que realmente o povo que escutar de ambas as partes é: voltem para as terras ou vamos entregar uns hectares para o povo trabalhar.Se as terras forem do estado é fácil.Pois uma das promessas de campanha do atual governador Flávio Dino é refazer esse descontentamento,agora se for terra federal vamos pra luta.Com a bancada de deputados federais do Maranhão,pois na verdade são 1200 famílias expulsas de suas terras. Ai fica um questionamento para todos quem tem mais direito sobre essas terras?os fazendeiros que tem condições ou o pequeno agricultor que sofre para alimentar suas famílias?pelo que sei as pessoas que estão a frente desse problema são latifundiários que perderam vários hectares.A devolução ao meu ver deve obedecer a um critério de meritocracia.
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