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15 de fevereiro de 2014

CONFLITO EM SÃO JOÃO DO CARU: Adiada a desintrusão (expulsão) dos agricultores que vivem na "Terra Indígena Awá-Guajá"

A Justiça Federal do Maranhão decidiu estender o prazo para o início da expulsão dos agricultores que vivem na área demarcada pela Funai para os índios Awá-Guajá, no Maranhão. O juiz unificada a contagem do prazo de 40 dias para a desocupação voluntária a partir da última notificação entregue aos agricultores. Com isto, o prazo fatal, que se encerrava em 24 de fevereiro, passou para 9 de março. O adiamento, feito contra a vontade do núcleo indigenista do Governo, foi necessário em função da falta de respostas do Incra para o reassentamento das famílias. 

Embora represente uma vitória, uma vez que os indigenistas pretendiam jogar as pessoas na rua como fizeram na Suiá-Missu, o ganho de duas semanas ainda é insuficiente. 
Os representantes dos produtores rurais no grupo de trabalho que coordena a operação de expulsão dos agricultores, a chamada desintrusão, têm pressionado o Incra e a Funai a reconhecer a impossibilidade de fazer a retirada das milhares de pessoas até o próximo dia 9, evitando que se repita a tragédia humanitária ocorrida um ano atrás na desocupação da Terra Indígena Marãiwatsédé, no Mato Grosso. 
As dificuldades da remoção são imensas. As estradas que dão acesso à área demarcada estão intrafegáveis em razão das chuvas. É praticamente impossível retirar mudanças ou criações da área antes do final do período de chuvas que vai até maio. 

Incra não encontrou a Fazenda da Miriam Leitão
Quem acompanha o Questão Indígena lembra que a jornalista Miriam Leitão, como parte do plano de mídia da operação de expulsão dos agricultores, informou em seu site em dezembro passado que já havia “uma área próxima, em Bom Jardim, onde devem ser assentadas 60 famílias.” Era mentira. Essa área não existe.
Depois que o Questão Indígena e o Notícias Agrícolas alertaram para o fato de que o núcleo indigenista do Governo (Gilberto Carvalho e Paulo Maldos) planejavam repetir no Maranhão as violações cometidas no Mato Grosso, o Incra passou a sofrer pressão para encontrar áreas onde os agricultores pudessem ser assentados. Até agora ninguém achou a tal área de Miriam Leitão, o que evidencia que a jornalista MENTIU como dissemos aqui.
 
A proposta menos absurda feita pelo Incra até agora foi mover os agricultores para o Projeto de Assentamento São José, no município de Parnarama, no extremo oeste no estado, a quase mil quilômetro de distância. O assentamento tem mais de 500 lotes imprestáveis à produção agrícola e não tem qualquer infraestrutura de estradas ou casas, razão pela qual os lotes estão vazios. 

A outra proposta indecente do Incra é adquirir terras na região pelo crédito fundiário, o que não levaria menos de um ano para ser concretizada. A cada reunião do grupo de acompanhamento da desintrusão no Maranhão, que foi planejada pela Secretaria Geral da Presidência da República a pedido da Funai, fica claro que a intenção do núcleo indigenista do Governo era jogar os agricultores no olho da rua.

3 comentários:

Essa é uma questão complicada que o governo federal terá que resolver, em pleno ano de Eleições, os governantes estão com um abacaxi nas maos por que a data marcada para desocupação não poderá ser cumprida, já que estamos em período chuvoso na regiao o que dificulta e muito a remoção dessas famílias, somada a falta de local para um novo reassentamento

a proposta mais sensata, neste momento é afastar o variante deixando a area do povoado livre, menos complicada o que evitaria a expulsão dos agriltores. onde transformaria o povoado em agrovila com responsabilidade de conservação ambiental da area.

WIKILEAKS diz que ROSEANA SARNEY tem 150 MILHÕES de DÓLARES DESVIADOS DO POVO DO MARANHÃO. http://www.anonymousbrasil.com/wikileaks/wikileaks-diz-que-roseana-sarney-tem-150-milhoes-de-dolares-nas-ilhas-caimas/

Quero ver ser esse site é de INTERESSE PÚBLICO se publicar essa matéria.

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