Jovem bom-jardinense passa em Física Médica na (UFU), e pede ajuda para concluir seus estudos.

Diego Mendes.

Diego Mendes, nasceu em Bom Jardim – MA no dia 17/07/1991. Até os 17 anos morou na zona rural em um povoado de nome Centro do João Sebastião. Foi neste lugar que iniciou sua existência com mais 9 irmãos, sendo 6 homens e 4 mulheres. Detalhe: sua mãe teve 13 filhos, mas apenas 10 ainda estão vivos. seus pais: Raimundo Vieira e Maria de Fátima ainda estão vivos e moram no povoado já citado. 

- "Meus pais sempre tiveram que trabalhar duro para manter nossa família. Todos nós os ajudávamos na labuta do dia-a-dia. Eu, por exemplo, tive que trabalhar desde cerca de os 8 anos de idade. Ajudava como podia. Na proporção que crescia, aumentava-se a intensidade do trabalho e as responsabilidades. Inicialmente ajudava a mãe no manuseio do coco babaçu: juntar na solta, quebrar, fazer o carvão da casca e vendê-lo na sede, enquanto o pai e meus irmãos mais velhos cuidavam da roça (plantação de arroz e milho). A parti dos 14 anos passei a fazer o carvão e vendê-lo. Todo sábado tinha que fazer a caeira (buraco no qual se queima as cascas do babaçu) e no domingo tirá-la e realizar as entregas. As entregas eram feitas a domicílio e o carvão, levado por jumentos. Isso todo final de semana". 

- "Nesse mesmo período comecei estudar. Meus pais sempre me incentivaram aos estudos. No povoado só tem o fundamental menor. Desta forma, em 2004 comecei a 5ª série na sede de Bom Jardim. Concluí todo o ensino fundamental no Bandeirante(C.E. Gov. José Sarney). Como estudava pela manhã, saía de casa todos o dias antes do café, por volta das 05h30min. No inverno enfrentava 12 km diários(ida e volta) a pés na lama. No verão ia de bicicleta. Só comia alguma coisa quando chegava à casa meio dia. Se fosse ao inverno tinha o privilégio das mangas, se não, era no jejum mesmo. Todavia, nunca fiquei reprovado em nenhuma disciplina". 

Diego Mendes.

- "Nunca passei fome, mas já enfrentei algumas situações críticas no que tange à alimentação. Lá em casa quando ainda morava a família toda um ovo era divido por duas ou três pessoas. Uma sardinha dava para quase todos. Isso não acontecia sempre. Quando a mãe chegava da sede com um pacotão de salgadinhos daqueles de 50 centavos era uma festa. Não posso deixar de falar que um dos meus grandes sonhos era comer um ovo sozinho. Para mim, saborear uma sardinha só era uma utopia na época. 

"Contudo, por mais que tenha sofrido fisicamente devido a alimentação inadequada ou trabalho duro não era isso que mais me causava dor. O que mais me machucou foi a ausência de carinho do meu pai, a exclusão social, o buling desmedido e consequentemente a solidão sem precedentes que enfrentei. Porém, não culpo o meu pai porisso. Ele também foi vítima. Assim, depois que percebi que podia mudá-lo, mudei-o. Hoje sempre que o vejo dou-lhe o carinho que sempre quis que ele me desse. Teve um espaço em minha vida no qual enfrentava dificuldades em me expressar por conta de um pequeno problema na minha voz, que já superei. Nesse momento me senti excluído. Como não tinha muitos amigos sofri buling severamente não só na escola, mas também na rua. Isso tudo fez com que, aos poucos, eu me isolasse. Não havia ninguém com quem conversar então me dediquei mais aos estudos. Mas isso também não foi fácil. Como eu passava grande parte do tempo com um livro nas mãos as pessoas diziam que eu iria enlouquecer. Entretanto, nunca levei a sério o que falavam". 

"Desta forma, com um esforço sobre-humano cheguei ao ensino médio. Iniciei-o no Bandeirante. Porém logo no começo tive uma proposta de fazer o curso Técnico em Enfermagem integrado ao ensino médio no C. E. Newton Serra. Aceitei. Nesse instante tudo mudou em minha vida. Agora tive outro grande desafio: separar-me da minha família. Encarei-o. Gostei muito do curso técnico. Então passei a sonhar com Medicina. Como meus pais não podiam me manter, passei a morar com a D. Seloneide. Lá permaneci dois anos. Talvez o período mais difícil até então". 

"Quando comecei estudar não perdi tempo.Consegui estágio no Hospital Municipal no terceiro mês após o início do curso. Agora estudava o dia todo e estagiava três noites por semana. Depois de 5 meses de estágio consegui um contrato. Passei a trabalhar contratado no dia 02/02/2009. A minha jornada se intensificou tanto que muitas vezes pensei que não conseguiria suportar até o fim. Concluí os dois cursos em 2010. Prestei Enem no final de 2010 e consegui ser classificado para licenciatura plena em Química no IFMA Campus Zé Doca. Estudei quase dois períodos. Contudo o Profº. Daniel Pitombeira abriu meus olhos para a realidade. Então, desisti de Química e decidi correr atrás do meu grande sonho. Neste sentido, me preparei durante o ano de 2012 para prestar o vestibular da UEMA para Medicina e o Enem. Não fui bem na prova da UEMA. Neste ano também fiz o concurso público de Bom Jardim para a minha área. Consegui o 1º lugar na classificação. Porém tive que ir à Parauapebas – PA, assim não assumi o concurso.Nesta me inscrevi pelo o Enem em dois cursos ligados à Medicina: Física Médica e Biomedicina. Fui classificado na Universidade Federal de Uberlândia (UFU)– MG para o curso de Física Médica". 

Esse é um breve resumo da minha história de vida. 

Estou aqui para lhes pedir ajuda financeira, porque estou sem condições para ir à Uberlândia. 

Como já mencionei acima, meus pais são pobres, por isso estou pedindo para todas as pessoas que conheço que me ajudem. 

Telefones: (98) 9153-7407/8415-7506 

E-mail: diegostd@hotmail.com

Banco do Brasil. 

Agência:1651-9 

Conta poupança: 16.899-8 

Variação: 51 

Diego Mendes dos Santos

A equipe do site bomjardimma conhece a historia e a vida de Diego Mendes e também será colaborador da vida estudantil deste jovem guerreiro, não deixem de ajudar nosso conterrâneo.

www.bomjardimma.com

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